Adaptando uma história contada por Jesus, o texto (verídico) abaixo faz-nos refletir se temos agido com o amor que devemos a Deus e ao nosso próximo. Texto extraído do blog pensecomigo.com e imagens reais das enchentes em Santa Catarina.
Domingo à noite, após a reunião, fomos até o centro da cidade para ver uma apresentação natalina. Estava muito cheio gente e permaneci de longe tentando ouvir.
Passado algum tempo chegou uma pessoa que fazia um tempo eu não via. Uma cristã verdadeira, porém absorvida em pensamentos e concepções evangélicas, que não do Evangelho. Não a julgo de maneira nenhuma, pois faz o que muito fiz. Por aqui nesses dias é inevitável as perguntas: “E vocês estão bem? Foram afetados pela enchente?”. Após saber que tudo estava bem, ela começou sua explanação de livramento: “Eu passei a noite repreendendo pra gente ficar imune, afinal Deus faz diferença entre seus justificados pelo sangue de Jesus. Mesmo que seja verdade que muitos crentes foram atingidos” E eu sem querer ser grosseiro só dizia: “pois é”. Tentei desconfortá-la: “Acho que quem Deus “imunizou” tem o dever de ajudar os afetados não é? Fiquei triste de ver igrejas mantendo suas programações normais, enquanto a água engolia muita gente. Sua igreja fez algo em favor das pessoas?” . “Não” ela me disse. “temos lá 3 cestas básicas mas Deus não nos mostrou o que fazer com elas”. Eu ouvi isso ao fundo de hinos cristãos em praça pública, executados por “mundanos” que fizeram uma campanha pra arrecadar brinquedos usados pra crianças na redondeza pra não passarem o natal em branco. Fui remetido a uns minutos antes, quando estávamos na reunião da estação lendo em Lucas 10, o bom Samaritano, onde conclui:
Um teólogo perguntou a Jesus: Mestre que devo fazer pra ser um salvo? Ao que Jesus respondeu: Como resumes tua teologia? “Amar a Deus sobre tudo e de toda forma, e o próximo como a si mesmo” – respondeu o teólogo. E Jesus retornou: “bingo”, faz isso e serás salvo. Infelizmente, Jesus ouve sua última pergunta:“Quem é o meu próximo?”.
Então Jesus decide contar uma história:
Certa família foi pega de surpresa por uma tragédia. Uma chuva intensa, fez com que um barranco desmoronasse nos fundos de sua casa e trouxe lama até sua cozinha. Eles olharam e viram que muito mais podia vir abaixo. Quando desceram a rua pra pedir ajuda pra salvar os móveis, perceberam que estavam ilhados pela água que havia tomado a rua com mais de 1 metro de altura. Ficaram desesperados por uns 4 dias, mesmo tendo sido alojados num galpão de uma igreja católica pela defesa civil. Pouca coisa sobrou de seus poucos pertences e a casa condenada.
Diante da situação um pastor lamentava, pois as coisas podiam ser diferentes se esse povo se voltasse pra Deus. Desse modo as pessoas ficariam protegidas, assim como ele foi. Por isso não pode parar, ele tinha um culto pra prestar ao Deus que o socorreu. Era também dia de entregar sua oferta no altar.
Logo depois, passou um ministro gospel, que teve de fazer um contorno imenso por outro caminho pra chegar no templo. Quase chegou atrasado pra campanha de 72 horas de louvor sem interrupção. Felizmente chegou bem no horário de sua escala.
Pra salvação da família que havia perdido tudo, um próximo bem distante, quem sabe de Recife, São Paulo ou Porto Alegre ou mesmo do outro lado da cidade, falou com sua patroa:“ Pega umas roupas e aquele colchão do quarto de visitas. Pega também uns 2 denários lá na gaveta pra comprar uns mantimentos. Tem uma carreta que vai levar isso pra umas pessoas que precisam mais do que nós. Depois com o décimo terceiro a gente vê se consegue ajudar um pouco mais.
No final a pergunta de Jesus: Qual desses é o próximo?
Amar a Deus com força, coração, alma e entendimento é direcionar o serviço ao próximo, mesmo que seja com apenas 2 denários.
Denário = renda pelo trabalho de 1 dia. Na média salarial brasileira uns R$ 25,00.
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