terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Reflexão - olhando no espelho (parte 1)

"Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados." 1 Coríntios 11.31


Sem dúvida nenhuma, a maioria das vezes que somos repreendidos por alguém ou pela própria vida é porque em algum ponto nós realmente damos motivo. Aprendi através da Bíblia e do dia-a-dia que posso me livrar de ser repreendido pelos outros se eu mesmo estiver prestando atenção nos meus defeitos e me repreender ou, melhor, me corrigir. Por isso, de tempo em tempo, ponho-me diante do espelho para ver se estou seguindo o caminho certo ou não... principalmente como cristão. Não vou apresentar aqui uma conclusão, ainda estou buscando discernimento pessoal em Deus. Porém gostaria de compartilhar minha reflexão com quem mais estiver interessado em rever seus princípios e ações.

Sempre procurei ser um cara modesto, livre de arrogância, prepotência e auto-suficiência. Ao mesmo tempo, venho me perguntando se, talvez, eu não esteja caindo nesses erros inconscientemente. Meditando em um texto do reverendo Sando Baggio, deparei-me com a dúvida de se não estou me achando correto demais, bom demais.

Por que digo isso? Sou um cristão inconformado com as tantas atitudes anti-bíblicas que presencio dentro das igrejas. Isso me preocupa e me faz tomar certas posturas severas e necessárias. Mas será que não acabo exagerando e sendo severo em momentos e situações que não deveria? Quero me questionar quanto a isso, pois sou tão humano como qualquer outro e sei que muitos caem nesse erro.

Somos complicados. Queremos acertar e, às vezes por isso mesmo, evitamos um buraco e caímos em outro sem nem ver ou sentir. É como pisar num chão de barro molhado que aos poucos vai cedendo e fazendo você afundar sem perceber.

Na última postagem que fiz em meu blog, relatando um caso onde me comovi por repudiar a comercialização do evangelho, vi diversas reações das pessoas, sendo que um tipo me preocupou. Algumas pessoas achando-se cientes das heresias e combatentes delas, demonstraram total falta de sentimento. "Nós não nos abalamos nunca, pois comemos essas coisas no café da manhã." Será possível que um grupo de cristãos veja lobos devoradores nas igrejas e não sinta revolta contra eles? São capazes de zombar dos lobos mas não de os combater legitimamente? Não sentem piedade das ovelhas sendo devoradas? Sim, é possível. Começamos como cristãos que lutam contra o sistema que está errado e terminamos como religiosos de coração endurecido. Como tenho me relacionado com meu semelhante? Tenho amado?

Não sou bom. Deus é. Será que a soberba, ou a indiferença, ou um endurecimento de coração devido às lutas em favor do Reino, ou quem sabe a perda inconsciente de Cristo como alvo... será que essas coisas vão afastar de Deus a mim ou a você? Seremos separados do amor de Cristo por nós mesmos?! Pensemos.

1 Comment:

S'armento'S said...

A quem amamos? Deus. As igrejas estão lotadas.

A quem deviamos amar primeiro? O próximo.

É bem mais fácil amar o invisivel, àquele q tudo pode, tudo perdoa.

Amar ao próximo precisarei da mente de Cristo. Isso me dói. Pq? pq penso quantitativamente e não qualidativamente.

Ora! Enquanto a mente de Cristo olha o interior, a minha supervisiona o exterior.

Dessa maneira me torno um neurotico procurando por respostas onde nem mesmo existe uma pergunta.

Ou seja, não existe legitimidade naquilo q faço. Como resolverei então essa equação? Abandonarei as coisas de criança e me reverterei em adulto.

Portanto deixarei de ser luz e sal aos meus proprios olhos, para me tornar chuva e vazo aos olhos de Deus.

Tecnicamente luz, sal, chuva e vazo tem um só proposito.

Então o q farei da minha vida? O mesmo q foi feito por mim - Amar incondionalmente.